The Seven Deadly Sins é um mangá japonês escrito e ilustrada por Nakaba Suzuki. O Mangá foi lançado em outubro de 201, e no Brasil o mangá é publicado pela Editora JBC desde março de 2015. Porém não é do mangá que eu venho falar aqui hoje, mas sim da animação feita pela A-1 Pictures e adaptada para o Ocidente pela tão amada Netflix.
Para começar a adaptação está perfeita e muito fiel à obra original. A produtora conseguiu realçar os fortes do mangá com as lutas dinâmicas e animação muito boa. O outro ponto forte é o grande trabalho de dublagens japonesas, americana e brasileira. É muito raro encontrar trabalhos que conseguem manter uma regularidade nas dublagens. Todas as vozes, com exceção da do Capitão dos Sete Pecados o Dragão da Ira, Fabrício Vilaverde, (que tem uma voz mais adulta, mas que ainda encaixa bem com o personagem) condizem com as vozes da versão original.
Agora aos comentários que interessam. The Seven Deadly Sins se passa em uma versão Fantástica da Grã-Bretanha Medieval, séculos depois de uma guerra onde Humanos juntaram forças com as raras raças de gigantes, fadas, druidas e as antigas deusas para banir e selar os perigosos demônios. A história gira em torno da Princesa Elizabeth, Érika Menezes, que descobre uma conspiração contra o Reino de Liones e parte à procura dos 7 Pecados Capitais que eram tidos como os mais poderosos e perversos Cavaleiros da história de Liones, um grupo formado pelos mais perigosos criminosos do reino. Elizabeth, que vagava pelo reino disfarçada como um cavaleiro, chega a Taverna Chápeu de Porco e lá encontra o primeiro dos 7 Pecados, O Dragão da Ira e Capitão Meliodas que agora se passava por taverneiro.
A história passa a introduzir com o tempo mais 5 dos outros 7 pecados, tendo o Leão do Orgulho ainda não revelado no Anime. Os 7 pecados e Elizabeth se juntam para tentar terminar o caos causado pela conspiração que girava ao redor do reino de Liones e isso faz com que a história fique bem interessante.
Porém o anime conta com algumas coisas que atrapalham um pouco o correr da história. A construção do romance entre Meliodas e Elizabeth é um tanto forçada, apesar de ter bons momentos e o uso repetitivo do caráter pervertido dele cansa um pouco com o passar do tempo.
Mas a trama construída ao redor dos personagens é um grande forte do anime. Com grande destaque pra história envolvendo a Raposa da cobiça Ban e o Urso da Preguiça King, que sempre oscilam entre grandes amigos e grandes inimigos na história, devido à diferença de personalidade deles. A personalidade de cada um por si só também é um grande ponto forte na história. Cada um deles possui traços únicos e marcantes que cativam bastante o público. A serenidade de Meliodas, a eterna dedicação de Ban e o constante arrependimento de King são exemplos dessas marcas.
Se tudo isso que foi escrito ainda não foi o suficiente pra dar a esse incrível anime uma chance, então vale uma última observação. A trilha sonora do anime é um espetáculo à parte no meio da animação. As músicas foram feitas de um modo que reforçam muito bem os momentos, sejam de ação ou de drama, desde a maravilhosa e animada abertura até o marcante encerramento.
No geral The Seven Deadly Sins é uma história muito boa que encerrou apenas sua primeira temporada e tem muito espaço para crescer. É uma grande recomendação para quem gosta de aventuras e ações mas que não tem paciência para acompanhar histórias que beiram os 100 episódios ou até mesmo passam disso.
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